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ESTRATÉGIAS DE MANEJO PARA MITIGAÇÃO DO ESTRESSE TÉRMICO E MELHORIA DA PRODUÇÃO DE LEITE

ESTRATÉGIAS DE MANEJO PARA MITIGAÇÃO DO ESTRESSE TÉRMICO E MELHORIA DA PRODUÇÃO DE LEITE

Durante o próximo século, estudos mostram que pode ocorrer uma elevação de 3 °C a 5 °C na temperatura global, acarretando elevados riscos para a saúde humana e animal. A mudança climática pode influenciar diretamente na produção e reprodução dos animais, pois o estresse térmico resulta em efeitos negativos nas respostas fisiológicas e consequentemente no desempenho dos animais de produção.

Chamamos de estresse térmico o desequilíbrio da homeostase que ocorre quando a quantidade de calor gerada pelo corpo do animal é maior que a sua capacidade em dissipar calor para o ambiente. Quando ocorre o aumento da temperatura corporal, a frequência cardíaca aumenta e a respiração se torna ofegante na tentativa de dissipar o calor. Também podemos observar sintomas como salivação excessiva, redução da ingestão de água e alimentos, além do aumento pela busca por sombreamento.

A incapacidade do animal de dissipar calor através de mecanismos fisiológicos provoca a queda no desempenho podendo ser observado em vacas de leite através da diminuição da produção, queda da qualidade do leite e da eficiência reprodutiva. Além disso, como o organismo está focado na dissipação do calor, pode ocorrer prejuízo na imunidade aumentado a casuística de doenças e colocando em risco a saúde desses animais.

Entre as alternativas exploradas pelos produtores para reduzir o estresse térmico destacam-se as estratégias de manejo. As mais empregadas são: oferecimento de sombra e água fresca e de qualidade aos animais, uso de ventiladores e aspersores no galpão de ordenha e higiene do ambiente para manter sempre limpo e fresco. Além disso, pode-se ajustar a dieta dos animais para auxiliar a metabolização e dissipação de calor. Essas estratégias promovem a economia do sistema de produção pois permitem a melhora na resposta dos animais ao calor por meio da manutenção do conforto térmico desses animais.

O conhecimento das respostas fisiológicas e metabólicas dos animais ao estresse térmico pode contribuir para o planejamento de estratégias que diminuam o estresse térmico e potencializem a produção de leite na propriedade.

Fonte:

– ABDELNOUR, S.A.; EL-HACK, M.E.A.; KHAFAGA, A.F.; ARIF, M.; TAHA, A.E.; NORELDIN, A.E. Stress biomarkers and proteomics alteration to thermal stress in ruminants: a review. Journal of Thermal Biology, v. 79, p. 120-134, 2019.

– GUZELOGLU, A.; AMBROSE, J. D.; KASSA, T.; DIAZ, T.; THATCHER, M. J.; TATCHER, W. W. Long-term follicular dynamics and biochemical characteristics of dominant follicles in dairy cows subjected to acute heat stress. Animal Reproduction Science, v. 66, p. 15-34, 2001.

– HERBUT, P.; ANGRECKA, S.; WALCZAK, J. Environmental parameters to assessing of heat stress in dairy cattle – a review. International Journal of Biometeorology, v. 62, p. 2089-2097, 2018.

– NASCIMENTO, F. G. O.; BIZARE, A.; GUIMARÃES, E. C.; MUNDIM, A. V.; NASCIMENTO, M. R. B. M. Effect of season and age on thermo physiological and hematological variables of crossbred dairy calves in tropical environment. Acta Scientiae Veterinariae, v. 47, 2019.

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